domingo, 18 de abril de 2010

Where is love?

Passaram meses, anos.
Ela parecia estar dentro de um sonho. 
Mas há muito tempo ela era sozinha.
Vivia somente com a esperança e a casa vazia.

Não correspondido

 Queria lhe pedir desculpas e queria de verdade que você as aceitasse. Desculpas por te magoar e não poder fazer nada a respeito. A culpa simplesmente não é minha se eu não te amo.
 Eu não pedi para que tudo fosse assim. Não esperei que tudo fosse chegar a tal ponto. Do sim ou nunca mais. E eu me arrependo sim de ter começado tudo isso. Eu me arrependo até de ter te conhecido. Mas não posso mudar mais nada.
 Entenda o meu lado. Se coloque no meu lugar. Não julgue tão mal o meu coração, as minhas palavras. Não jogue em cima de mim todo o peso da sua infelicidade. Você sabe muito bem que não se pode mandar nos sentimentos. Infelizmente.
 Hoje, depois de tudo isso, você podia pelo menos sentir raiva de mim, ou coisa do tipo. Algo que fizesse com que você se afaste. Você não devia se torturar de tal forma. Não devia me admirar. Ou então, você podia descobrir que interpretou mal. Que só sente um mero afeto. Devíamos ser apenas amigos.
 Eu te quero bem, acredite. Mas não da maneira que você me quer. Eu não te desejo e não te amo mais do que como um amigo.
 Se eu te trato friamente, se eu mantenho certa distância é porque eu sei que você pode confundir a simpatia e a proximidade com segundos interesses. Se eu abaixo a cabeça quando lhe vejo, é porque não quero que teu coração sinta o que teus olhos vêem em mim.
 Então, por favor, não torne isso mais difícil do que já é pra mim. Não fale do que sente para não me fazer sentir dó. Eu não vou te iludir, nem que seja o último dia da sua vida. Eu não vou ficar com você por caridade. Antes da felicidade de qualquer outro, eu prezo a minha.
Siga em frente, sem mim. Tudo passa. Amor e dor, também. Fica tranqüilo porque tudo vai ficar bem. E não lamente. Afinal, a vida é mesmo assim: alguns têm que chorar para outros poderem sorrir.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Where is love?

Ela discou inúmeras vezes.
Não havia ninguém do outro lado da linha.
Mas ela esperava ouvir a voz dele. 
Por que ela ainda se iludia?

Isso é juventude?

 Idiotas, fúteis. Como conseguem? Parece um bando de mulas sem cabeça. Sem cabeça, sim. Onde mais estaria o cérebro, se não na cabeça? Em lugar nenhum. Exatamente isso. Não raciocinam. Têm apenas o instinto de caça. Animais. Comem, bebem e reproduzem. São um pouco mais que isso. Ou um pouco menos. Afinal, não são como os animais selvagens, que pensam mais no comer do que no reproduzir.
 Bebem, fumam, se destroem. E a cada meia volta em uma festa, beijam na boca de alguém diferente. Burros. Só pensam no material, na quantidade. 20 meninas em uma noite? Nada mais normal. Perdeu a virgindade com 12 anos? Perdeu tarde. Onde ficou o respeito? A boa índole? O que mais faz falta mesmo é a vergonha na cara. Se é que ainda têm cara. São tantos furos e brincos, misturados com a fumaça dos cigarros e os olhos vermelhos de bebida.
 Aonde vão parar? Vão parar? Que mundo é este, onde só o errado é legal? Não se sabe mais o que é o errado. Raros são aqueles que conseguem se distinguir. Se afastar. Errar e perceber que errou. Não persistir no erro. Raríssimos. Depois da primeira tragada, primeiro gole, primeira transa, sempre querem mais. Depois da primeira caçada, da primeira noitada, querem sempre repetir. Não ficam mais satisfeitos com a menina que só beija na boca, com o refrigerante e as músicas que têm alguma letra. Agora buscam a menina que libera tudo, a bebida com mais álcool. Buscam a droga que alucina mais, a música mais pornográfica que tiver.
 E a tendência é piorar. Porque eles não têm consciência. Sabem que faz mal, mas usam. Usam e abusam. O problema é o exagero, a banalização. Estão se expondo ao ridículo. Não estão nem aí para as autoridades. Pai, mãe, presidente, papa. Seja lá quem for. Querem mesmo é se destruir. Sem saber que estão se destruindo. Afinal, aos olhos dos colegas, está tudo tão legal, tão bonito. A idade não é barreira, a família não é, nem religião é mais. O que os deterá? Se eles pensam que são imbatíveis.
 Pobres coitados. Mas ainda dou a eles minha compaixão, porque eles não sabem o que fazem.

domingo, 4 de abril de 2010

Where is love?

Por mais uma noite seguida ela o esperou no sofá. 
 O jantar estava pronto e a novela se repetia.
Mas seu amor ainda não chegara.
Aonde ele estaria?