terça-feira, 5 de março de 2013

It's all about us

Acabou. Nesse pedacinho de domingo aqui. Acabou tudo que existiu, que eu esperava que um dia fosse existir entre nós... Acabou da pior maneira. Não permite arrependimento, reencontro, querer voltar. Acabou sem ser uma decisão nossa. E acabou de vez. Sem dizer adeus. Sem despedida. Sem que eu possa te ligar numa madrugada dessas e dizer que sinto sua falta. Mas... sei lá... ainda bem. Se não acabasse assim, talvez não acabasse nunca. Você sabe, não é? Eu e minha compreensão... Conformo-me fácil. Já me conformei. E não vou nem dizer nenhum sentimentalismo. Daqui uma semana já não vou achar que te amo e vai ser bem fácil esquecer. Mais uma vez, obrigada e me desculpe por tudo. Eles nunca vão entender. Será que um dia, pelo menos, eu vou?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Airplanes, air plans

Fechei os olhos e, de repente, viajei. Imaginei a cena, como num filme: você me esperando no aeroporto com flores nas mãos - ou uma rosa só -, eu correndo para te abraçar e o mundo girando ao nosso redor. O momento pelo qual sempre esperei. E eu jamais sairia do seu abraço quente, no meio daquela cidade gelada. Mas abri os olhos e todo meu sonho agora não passava de uma cena embaçada. Senti uma lágrima quente correr por não te ter aqui e quis chorar profundamente, com a cabeça no travesseiro. Mas, como todos os dias, virei para o lado e dormi ouvindo a nossa música. E sonhei a noite toda com as nuvens, com seus olhos, com suas mãos que me protegiam. Voei por sobre todo esse espaço que nos repele, atravessei milhas e milhas de saudade, ultrapassei, em segundos, todo o tempo que estivemos longe. E eu já estava aí novamente. Com você. Infindável sonho.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sepia-toned loving

Gostoso mesmo é quando a gente acorda com a paixão dentro de si. Abre a janela e abre um sorriso para um dia tão cinzento. Dispõe-se a amar as paredes, o café. Flutua pelos corredores e voa pela cidade. E sai. Percorre o mundo espalhando isso.
Com esses olhos brilhantes, que enxergam além do firmamento, que vão além do olhar. Com esse esperançoso e ingênuo pensamento de que a vida é linda por si só. Basta ter visão que lhe permita ver.
E então, o frio não será capaz de lhe esfriar. Nem a tristeza impedirá o sol de brilhar. Ele está lá, às vezes escondido, mas está. Basta olhar. Sentir. Sorrir. Amar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Home is wherever I'm with you

Parece mesmo que estou perdida. E ao mesmo tempo me sinto muito feliz, como nunca senti antes. Sei que meu lugar ainda não é esse, mas continuo na busca. Até que um dia possamos nos esbarrar em qualquer uma dessas esquinas desse mundo tão tortuoso. E tomar um café. E falar do tempo. E assistir ao pôr-do-sol. E abraçar o mundo. E amar, amar, amar. Para sempre.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Parece que desapareceu

               A vida muda. E passa. E às vezes, rápido demais. Tão rápido que demoro a perceber que passou. A vida corre. Cria asas. E voa. Voa alto. Tão alto que, de repente, me sinto longe demais para alcançá-la. Mas calma. Calma que a vida ainda é minha. Ainda estou aqui. Ainda tenho memória. E lembranças que fazem barulho, como a obra do vizinho do andar de cima.
                E agora eu só consigo dar risadas tristonhas disso tudo. Principalmente porque sinto saudades daquela vida que levei. Da vida devagar. Da vida em que eu tinha mais tempo pra pensar em você antes de cair no sono. Mas voou. Cresceu. Cresci. E esse amor... Ah, parece não mais caber nos dias tão cheios dessa vida.
                 Tenho buscado a eternidade. E quero te levar comigo. Sei que uma vida não é suficiente. Nem duas. Mas as nossas vidas não têm fim. Assim como não tem fim essa mudança. E a vida tem sido rápida demais. Cruel demais para conosco. Não há mais aquelas tardes de domingo em que, deitados na rede, sonhávamos com toda pequena coisa que o futuro nos traria. Inclusive acho que o futuro já passou e eu não vi. Talvez os sonhos tenham passado despercebidos também.
 Decidi então sentar e esquecer-me do tempo que corre fora de mim. Mas me parece que o tempo dentro de mim é tão grande. E veloz. E infinito. E você, maior que tudo isso, me faz acreditar que a vida pode passar, pular, virar-me do avesso. Mas o amor não passará.