terça-feira, 22 de junho de 2010

Necessidade

 Eu preciso mais do que isso. Preciso da lua a meu favor. Preciso de um céu inteiro só para mim. Preciso de aviões, carros e bicicletas. Preciso de um pouco de dinheiro também. Não precisa ser muito, mas eu preciso. Preciso de pausas. Recomeços. Fins. 
 Preciso apagar a tecla replay do meu controle. Preciso lembrar que lembranças são apenas lembranças. Preciso de coragem. Preciso de ar. Água. Preciso de muito sono, som e realidade. 
 Desculpe, não é que eu queira. Mas eu preciso. Preciso de você. Agora. 

domingo, 6 de junho de 2010

Deixe de fora todo o resto

 Eu sonhei que estava desaparecendo. Você estava tão assustada. Mas ninguém podia ouvir, pois ninguém mais se importava. Depois do meu sonho eu acordei com esse medo. O que eu estou deixando quando eu morrer?
 Então se você está me perguntando, eu quero que você saiba: Quando a minha hora chegar, esqueça os erros que eu cometi, ajude-me a deixar pra trás algumas razões para que haja saudades. E não fique ressentida comigo. E quando você se sentir vazia mantenha-me em sua memória. Deixe de fora todo o resto.
 Não tenha medo de tomar minha batida. Eu compartilhei aquilo que eu fui. Eu sou forte por fora, não completamente. Eu nunca fui perfeito, mas nem você foi.
Linkin Park - Leave out all the rest.

Não é amor

 Eu nunca mais enxerguei da mesma forma. Depois do instante em que vi teus olhos. Depois de sentir a tua mão tocar a minha, a minha pele nunca mais foi fria. Nenhuma canção foi bonita de novo. Depois de escutar a tua voz. Eu nunca mais precisei de qualquer outra coisa. Depois de conhecer o bem que você me faz.
 Eu nunca mais serei feliz, se você me abandonar. Isso é uma súplica.

sábado, 5 de junho de 2010

Abandonei a minha hipocresia

 Não podia ser assim tão inflexível. Inflexível? Não é essa a palavra. Não devia ser tão... Tão imutável. Tão irreversível. Isso é muito desconfortável. Muito doloroso. 
 Mas não há ninguém que eu possa culpar. Não há nada que possa ser levado ao purgatório por causa disso. É simplesmente questão de destino. Se isso existe. Sorte, sina. Não sei. Realmente, não sei. 
 É insuportável. Dói demais. Eu já disse que dói? Meu Deus, como dói. Essa distância. Não é bem a distância. É  o fato de saber que não posso fazer nada. Eu apenas espero, sempre. E um dia melhora. 
 Não melhora. Me iludi. Nunca melhora. Apenas disfarça. Se esconde. Dor estúpida. E eu não peço muito a dor. Peço somente que desapareça. De uma vez por todas. 
 Já pode parar de machucar o meu coração. É inútil. Não me importo mais. É só uma dor que me conforma. Que me lembra todos os dias que eu nunca mais vou poder mudar o meu coração. Nem consertá-lo. Então eu me tornei nisto. Isto? O quê?
 Apaixonada, dolorosamente conformada.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Laços fiéis

 Éramos quatro. Já fomos seis. E três também. Somos duas agora. Eu e alguma mais, quase sempre, separadamente.
 De vez em quando, juntamo-nos em três ou quatro. É bom, é ótimo, mas não da mesma forma de antes.
 Sentimos falta da convivência, cada vez mais reduzida. E que daqui para frente teremos que lutar para não acabar de vez.
 Talvez daqui a alguns anos, sejamos meras lembranças. Para nós e para aqueles que acostumaram-se a nos ver juntas.
 Mas supriremos a falta. Reavivaremos as lembranças. Reuniremo-nos ao menos uma vez ao ano...
 Apenas para não decretar o fim de uma amizade.