quarta-feira, 10 de março de 2010

Nostalgia

 Estou há dias tentando lhe explicar que eu amo você. Mas quando eu olho no fundo dos seus olhos, sem você perceber, eu não vejo mais nada. Eles estão vazios. Quem tirou o brilho deles? 
 Por que você deixou que levassem a graça das suas piadas, e o movimento dos teus cabelos? Por que você permitiu que lhe tomassem o tom encantável da voz e o rosado de tuas bochechas? 
 Talvez eu esteja mesmo com problemas de audição e visão. Mas, talvez, você tenha mudado comigo. E a culpa é toda minha. Porque eu não consigo ser como você. Ou então, sou igual até de mais. 
 Eu estou em constante dúvida sobre nós. Eu quero e você quer, mas parece que estamos sempre longe o bastante para que não consigamos ser uma só. 
 Acho que depois que crescemos (sim, em um ano crescemos muito) esquecemos do quão bom era sermos idiotas juntas. Do quão bom foi passar dias grudadinhas uma com a outra. Quando sabíamos menos, nos dávamos tão bem. Ninguém tinha a necessidade de outra, a não ser de nós mesmas. 
 Mas eu apenas quero que saiba que eu não vou te trocar por nada neste mundo. E que eu quero a minha melhor amiga de volta. Quero ver o brilho no fundo desses olhos verdes. Quero rir das mesmas coisas que você e ver suas mechas douradas balançando de um lado para o outro. Eu quero ouvir a tua voz e me sentir bem, e ter a certeza de que o rosa das tuas bochechas é por causa do meu blush. 
 Por favor, esqueça os outros, as outras. Esqueça a solidão e a falta. Apenas lembre de que eu estarei sempre com você. Pra passar mais de vinte minutos e encostar sua cabeça no meu ombro quando você quiser chorar. 
 Eu vou ser ciumenta, um pouquinho menos orgulhosa. Só não te prometo que, ainda assim, serei a melhor pra você. Porque você merece muuuuuuuuito mais do que alguém que tem sete melhores amigas pra cuidar. Mas eu te amo, e é por isso que eu tento, tentei e continuo a tentar. 

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