terça-feira, 2 de março de 2010

Planos frustrados

Hoje eu sei, realmente, que falar é fácil. Mas fazer nem sempre é.

Durante muito tempo da minha vida eu venho planejando coisas. Mudanças, escolhas, metas, encontros. Planejo até mesmo para minha família e amigos.

Não é difícil planejar. Basta ter algo que queira fazer. E então, você planeja fazer tal coisa. Planeja para amanhã, para o próximo fim de semana. Planeja para as férias ou para daqui alguns anos. E, talvez, você já esteja até em outra vida quando o dia de realizar o plano chegar.

Mas se você, ainda, não estiver em outra vida e estiver esperando que o seu plano se realize você vai ter que realizá-lo. Tudo bem que, alguns planos não dependem de único e exclusivamente de você para acontecerem. Mas se é você quem planeja o seu empenho para o acontecimento é de total importância.

Só que, nem sempre, o seu plano vai dar certo. Por um erro seu ou de alguém cuja participação era esperada. Às vezes ele falha. E daí pra frente ele vai ter sido só um plano. Vai ficar guardado em uma gaveta, que nem sempre vai precisar da sua vontade pra ser aberta. Ele pode cair na gaveta chata, das frustrações. Ou na gaveta menos chata, dos planos que serão tentados novamente (talvez).

A maioria dos meus planos que não dá certo costuma ser guardada na gaveta menos chata. Pois poucos são os planos de extrema importância. Mas a gaveta das frustrações, mesmo mais vazia, é mais pesada. É difícil de ser carregada ou esvaziada. E a minha gavetinha chata está ficando cheia de mais.

Não que eu esteja me tornando uma pessoa frustrada. Até porque, cada um tem que lidar com as irrealizações que tem. Mas a minha gaveta chata ta pesando de mais. E pouquíssimas são as pessoas que podem ajudar a carregá-la ou esvaziá-la.

Aí eu logo faço novos planos e me esqueço daqueles que não foram realizados. E, então, eu só sigo carregando o meu peso. Afinal, é só uma gavetinha chata de frustrações.

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